Após a dessecação da área e a semeadura da soja, o produtor deve ficar atento ao novo fluxo de emergência de plantas daninhas nos estádios iniciais de desenvolvimento da cultura, visando corrigir possíveis falhas do controle em pré-semeadura e os novos fluxos visando a permanência da cultura no ‘limpo’, ou seja, sem mato-competição até o fechamento das entrelinhas da soja.

                O controle das plantas daninhas deve ocorrer entre a implantação da cultura e até o completo fechamento das entrelinhas pela cultura, período esse denominado período crítico de prevenção à interferência (PCPI). O controle das plantas daninhas nesse período e de igual importância ao controle efetuado antes da semeadura, pois dependendo das espécies, densidade populacional e distribuição no talhão, elas poderão comprometer toda a produtividade da área, impossibilitando muitas vezes a colheita da cultura.

                Os produtos aplicados em pós-emergência das plantas daninhas também apresentam algumas exigências para apresentarem bom nível de controle, tais como:  estádio de desenvolvimento da planta daninha, umidade relativa do ar, velocidade do vento, temperatura e a utilização da dosagem recomendada pelo fabricante.

                A atenção para o controle de plantas daninhas deverá ser constante e o produtor deve ficar atento ao surgimento de pequenos focos de plantas daninhas em sua lavoura e o manejo destas deverá ser trabalhado ao longo das safras, visando reduzir o potencial sementeiro da área. Os prejuízos resultantes do manejo errôneo de plantas daninhas podem ser tão severos quanto ao manejo de pragas e doenças. Outro ponto importante é a utilização das doses recomendadas dos produtos e a rotação de princípios ativos dentro do manejo da lavoura, visando dificultar o aparecimento de plantas daninhas resistentes aos produtos que dispomos no mercado.

Eng. Agr. MSc. Rodrigo Pengo – Departamento de Fitotecnia e Nutrição de Plantas