MIP é melhor opção contra mosca branca
07/11/2016
MIP é melhor opção contra mosca branca

Aprosoja realiza segunda edição de Rodada Técnica “Mosca Branca” em Nova Mutum. Próxima etapa de visitas in loco será em janeiro 

 

Apesar da preocupação dos agricultores com a presença da mosca branca nas lavouras de soja neste início de ciclo 2016/17, o cenário é de observação e cautela. Antes de colocar a mão no bolso e iniciar o combate químico contra o inseto, o produtor precisa investir um pouco mais do seu tempo com a observação e o monitoramento das plantas.

Essa foi a tônica geral da segunda edição da Rodada Técnica “Mosca Branca” em Nova Mutum, realizada na terça (1º) pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). Com a mediação do doutor em Entomologia Rafael Pitta, pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril, cerca de 20 agricultores visitaram duas propriedades no município para identificar a presença do inseto e o grau de possível infestação.

Em uma das propriedades visitadas, cuja lavoura de soja soma 7.000 hectares, havia dois monitores de campo exclusivos para o monitoramento de pragas. “Uma situação rara para a maioria das propriedades mato-grossenses”, pontua Juliano Manhaguanha, supervisor de projetos da Aprosoja. De forma geral, apesar do receio dos agricultores, não foi identificada infestação da mosca branca durante a rodada. “Há presença, mas em níveis aceitáveis”, informa o supervisor.

A principal orientação dada durante a rodada técnica foi a necessidade de que o produtor adote a prática do manejo integrado de pragas (MIP): monitoramento contínuo da lavoura que identifica a presença de pragas e mensura o grau de prejuízo causado. Do diagnóstico do MIP, é que se percebe se é necessário adotar o controle de pragas, em que momento e com que intensidade.

Com algumas ações simples e baratas, como o uso da observação sistemática e do pano de batida em locais definidos dos talhões da lavoura, o MIP fornece um diagnóstico ao agricultor de todas as ameaças à sanidade da cultura. “É muito importante ter esse diagnóstico para que o produtor não invista errado ou de forma desnecessária”, alerta Manhaguanha. A presença ou a consultoria de um engenheiro agrônomo pode fazer bastante diferença nestes casos.

O resultado foi positivo para os participantes. “Somente a troca de ideias entre os produtores já é frutífera. Mas como tivemos o Dr. Rafael Pitta como mediador, a riqueza de aprendizado é bem maior”, observa o delegado coordenador da Aprosoja em Nova Mutum, César Martins.

A terceira edição da rodada técnica já foi definida pelos participantes: será na primeira quinzena de janeiro de 2017. “Será uma época em que a cultura da soja está no ápice, assim como a pressão da mosca branca. A ideia é vermos como os talhões que visitamos nesta edição e na primeira se comportaram após as orientações de manejo”, afirma o delegado coordenador da Aprosoja. 

Fonte: Ascom Aprosoja

Fonte: Ascom Aprosoja

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