Pesquisa identifica aumento na incidência de manchas foliares em plantas de algodão
06/05/2024
Pesquisa identifica aumento na incidência de manchas foliares em plantas de algodão

Comportamento foi observado na área experimental da Fundação Rio Verde e há relatos de presença em lavouras na região

Uma pesquisa conduzida por Luana Belufi, coordenadora do Departamento de Fitopatologia da Fundação Rio Verde, revelou uma preocupação crescente com a sanidade das lavouras de algodão. Observou-se uma alta severidade das manchas foliares, com um aumento significativo na sua prevalência, afetando negativamente a saúde das plantas e a produtividade. Conforme a pesquisadora há relatos semelhantes em lavouras de Lucas do Rio Verde e outras regiões produtoras da fibra no Mato Grosso.

As lesões típicas da doença são observadas principalmente no terço inferior das plantas, com um padrão ligeiramente diferente no terço superior. Embora o mesmo fungo tenha sido associado aos sintomas, está em andamento uma investigação para determinar se outros fatores estão contribuindo para a propagação da doença. “Está havendo uma severidade muito alta nesta safra em comparação às safras anteriores”, observa.

Além das manchas foliares, foi constatado um aumento no abortamento e na queda prematura das estruturas reprodutivas das plantas de algodão. Essas complicações diretas estão impactando negativamente a produtividade e representam uma ameaça significativa para os agricultores.

Durante as avaliações, Luana observou o desenvolvimento da doença em vários estágios, desde a fase inicial da formação das estruturas das plantas até o final do ciclo. Ela explicou: “A manifestação da doença começou no início do desenvolvimento, coincidindo com o fechamento do dossel da planta, proporcionando um ambiente propício com alta umidade, o que favoreceu a disseminação das infecções. Em geral, notamos que o controle da doença não está sendo tão eficaz quanto o esperado, especialmente para esse sintoma, o que contrasta com nossas experiências anteriores.”

Para os produtores, é recomendável realizar um monitoramento regular das áreas de cultivo e identificar precocemente a presença da doença. Além disso, práticas de manejo cultural, como a escolha de cultivares menos suscetíveis e a implementação de medidas preventivas com intervalos apropriados, são essenciais para reduzir os impactos negativos.

Luana também destaca a importância buscar a correta identificação dos sintomas e assim sempre importante encaminhar as amostras de plantas doentes para análise na Clínica de plantas da Fundação Rio Verde, afirmando: “É crucial coletar dados e informações para confirmar se realmente se trata da doença em questão ou se há outros fatores envolvidos.” Essa abordagem permite uma identificação precisa da situação e orienta a seleção das estratégias de controle mais eficazes.

Fonte: Verbo Press

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